GENTE SIMPLES, ETERNO GOZO
Quietas as várias vozes,
apenas vivem as palavras mudas
que renovam a folhagem no silêncio.
Verdade velada que desnuda tanto,
que o tato do veludo faz pouco caso.
Qual palavras antigas do poeta nativo,
agora e sempre redivivo em novo brilho,
a Palavra pungente libertando passa!
Suavidade brotada,
lascívia longe, descansada,
calma esgotada ainda escorrendo,
perserenança que pulsa,
pelo tempo dilatada.
(!)
Anseio silenciado e sem sobras!
O ‘algo’ a ser mostrado
já está à mostra, ora.
Eu, repeteco boneco?
Desletrado incauto?
Desfraldado inculto?
(?)
Relativa, a mente,
cheira o rastro, inconsistente,
do prezado gozo silencioso
que por tantas vezes se apresenta
como sortido infinito ausente.
( ___ )
Perseguindo-O incansavelmente,
antevendo imenso Amor formoso,
a alma ardente, suspira, e O sente,
ansiando por eterno repouso.
(...)
Ente de Patente,
Gente como a gente.
Dita que preenche,
Bendito, e persistente.
Só o brado amante retumba
verdadeiramente.
(†)
Só na Pátria eterna
o encontro perene,
em honra e glória solene,
o Inaudível cantará pra gente.