SONETOS INSERTOS

EM CAPACIDADE DO VERSO

 

Olhar que não veja o que se deve

É ponte inacabada sem motivo,

É palha que encobre o rastro vivo,

É estrada inutilizada pela neve,

 

É vida que não sabe a que serve,

É minério que não passa pelo crivo,

É criança que não recebe incentivo

É pena que não sabe ser leve.

 

Mas se a cada gota desce a estalactite,

Imperceptível milenar obra, se admite

Que nenhum segundo nosso é inútil.

 

É misteriosa arte saber espalhar

Os pólens sagrados da fé de amar

Os instantes eternos sem verso fútil.

 

 

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