LAMENTO ILIMITADO
Dói no íntimo d’alma uma dor qual
Enorme flerpa em carne viva em nervo.
Dor do apreço ao sentido como cervo
Caçado pela seta da palavra sem Sal.
Não alcança o comunicado seu final.
Já que da mente o limitado acervo,
Todo esgotado em esforços, fervo
E sirvo ensopado em ânsia fatal.
O que era pra significar, o dito,
Escapa até ao mais alto erudito
Pois é algo da sorte dos Eternos.
E o Mundo que é de tempos terrenos
Não abarca os mais leves acenos
De minh’alma em seus lamentos internos.